segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ministro da Saúde passa a defender o reajuste do cigarro

O ministro havia afirmado que combater a pirataria seria mais importante que simplesmente deixar o produto mais caro. Agora, em meio às reações negativas, o titular da pasta admite a adoção de ambas as medidas


Frederico Haikal
cigarro
Titular da pasta admite que encarecer o produto seria uma das medidas de combate
Diante do mal-estar provocado por declarações dadas há cerca de um mês, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltou atrás e defendeu o aumento de preços de cigarro no País.

Na comemoração do Dia Mundial sem Tabaco, em 31 de maio, o ministro havia afirmado que combater a pirataria seria mais importante que simplesmente deixar o produto mais caro. Agora, em meio às reações negativas, o titular da pasta admite a adoção de ambas as medidas de forma simultânea.

A declaração de Padilha sobre a prioridade do combate ao mercado ilegal gerou indignação entre médicos e integrantes do movimento de combate ao fumo no País. Para eles, o discurso do ministro representava mais uma amostra da estratégia de levar em banho-maria as ações de combate ao cigarro adotada nos últimos anos do governo Lula. Mas, desta vez, com um agravante: o golpe partira justamente de um tradicional aliado, o Ministério da Saúde.

O descontentamento do movimento antitabagista pela política capitaneada pelo governo federal não é de hoje. A primeira crítica veio diante da decisão de engavetar a proposta de enviar ao Congresso um projeto determinando o fim dos fumódromos. Foi reforçada depois, com a demora do governo em apoiar a determinação da proibição de adição de produtos como menta e chocolate ao cigarro. A inclusão desses produtos no tabaco é uma estratégia histórica da indústria para que jovens se interessem pelo cigarro. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Segunda geração contra câncer de próstata (Do Boletim da FAPESP)


8/4/2009

Cientistas descobrem nova droga antiandrogênica para tratamento da doença. Em testes clínicos iniciais, 43% dos pacientes tiveram redução de mais de 50% nos níveis de PSA (Science)

Agência FAPESP – Uma nova droga que se liga ao receptor de androgênio é a mais nova promessa para o tratamento de câncer de próstata em estado avançado, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (7/4) e que será publicado esta semana no site da revista Science.

Conduzido por 19 cientistas de diversas instituições de pesquisa nos Estados Unidos, o estudo conseguiu desenvolver uma segunda geração de antiandrogênico – que diminui a ação de hormônios masculinos – em um composto a que deram o nome de MDV3100.

Homens com câncer de próstata em estágio avançado são frequentemente tratados com medicamentos que inibem a atividade dos hormônios masculinos, como a testosterona, que atuam diretamente no aumento desse tipo de tumor.

“Câncer de próstata metastático é tratado com drogas que antagonizam a ação androgênica, mas a maior parte dos pacientes progride para uma forma mais agressiva da doença, chamada de câncer de próstata resistente à castração, que é promovida pela expressão elevada do receptor de androgênio”, descreveram os autores.

Ou seja, apesar de tais medicamentos interromperem o receptor de androgênio, que ajuda a regular a multiplicação celular, com o tempo os tumores conseguem superar esse efeito ao expressar níveis ainda mais elevados do receptor. E é nesse ponto que o estudo centrou sua atuação.

O MDV3100 foi descoberto por um grupo liderado por Charles Sawyers, do Centro de Cancer Memorial Sloan-Kettering, e por Michael Jung, da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Ele se liga ao receptor e mantém sua atividade anticâncer tanto em cultura celular como em modelos animais (em camundongos, no caso do estudo). A atividade é mantida até mesmo quando os níveis de receptores são elevados.

Os pesquisadores também descobriram outra droga, o RD162, que analisaram em camundongos, mas não em testes clínicos. Os dois compostos, segundo a pesquisa, aparentemente atuam ao inibir os movimentos dos receptores no núcleo celular e reduzir a atividade transcricional – síntese enzimática do RNA mensageiro a partir do DNA.

De acordo com os pesquisadores, as duas novas drogas conseguiram se ligar ao receptor androgênico e atuar mais eficientemente do que a bicalutamida, medicamento comumente usado em hormonioterapia para câncer de próstata.

O MDV3100 já está sendo testado clinicamente em pacientes com câncer de próstata avançado. De acordo com os cientistas envolvidos no trabalho, o primeiro grupo de pacientes apresentou um declínio expressivo nos níveis de PSA (antígeno prostático específico), usado como marcador do crescimento do câncer. De 30 pacientes, 13 tiveram redução de mais de 50% nos níveis de PSA.

Os testes ainda estão nas fases 1 e 2, nas quais a droga é avaliada em questões como segurança, efeitos colaterais e indicações iniciais de eficiência. A fase 3, mais abrangente e completa, deverá ser iniciada ainda este ano.

O artigo Treatment of advanced prostate cancer with an antiandrogen that alters androgen receptor localization and DNA binding, de Chris Tran e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Science em www.sciencemag.org.

Cientistas norte-americanos testam vacina contra câncer de próstata

Testes em humanos podem começar em até dois anos
Do R7
 
Os primeiros testes de uma vacina contra câncer de próstata, feitos nos Estados Unidos, tiveram resultados animadores.

As doses foram testadas em ratos. Segundo os cientistas, os testes em humanos podem começar em até dois anos.

Para desenvolver a vacina, os pesquisadores usaram células de próstatas humanas saudáveis, combinadas com DNA criado em laboratório.

A mistura atacou somente o tumor, sem necessidade de tratamentos de quimioterapia e radioterapia.
Assista:

 Veja as vacinas que você deve tomar de acordo com a idade

terça-feira, 14 de junho de 2011

Fundação do Câncer faz campanha digital de 20 anos ( Por Dandara Medeiros )

A Fundação do Câncer, instituição sem fins lucrativos, que trabalha em prol da prevenção e do controle do câncer, decidiu inovar ao completar 20 anos. Para comemorar o aniversário e os resultados positivos alcançados ao longo de duas décadas promove uma campanha online, utilizando um site comemorativo e um aplicativo do Facebook para criar o “Jornal 20 anos de Boas Notícias”. As ações, desenvolvidas pela agência Traço, de mídias digitais, são complementares à campanha publicitária produzida pela agência Euro RSCG Rio.
Quem acessar o site da instituição www.cancer.org.br será direcionado ao endereço comemorativo www.cancer.org.br/20anos e poderá integrar os dados do seu perfil no Facebook (por exemplo, data de aniversário, títulos do time, shows da banda preferida etc.) com uma linha do tempo, que apresenta os fatos mais marcantes da história da entidade. O conteúdo deste site inclui também vídeos e infográficos com resultados positivos do trabalho da Fundação do Câncer ao longo de sua trajetória.
Já o aplicativo do Facebook, que será utilizado pela primeira vez por uma instituição sem fins lucrativos para divulgar suas ações, poderá ser acessado pela página da Fundação na rede social www.facebook.com/fundacaodocancer e fará do usuário um compartilhador dos resultados do trabalho da instituição no período.
Entre as informações publicadas no “Jornal 20 anos de Boas Notícias”, do qual será a capa, o usuário da rede social poderá compartilhar no seu mural a redução do número de fumantes no Brasil, de 32% para 17%, nos últimos 19 anos; o aumento do número de doadores voluntários de medula óssea cadastrados, que passou de 60 mil para 2 milhões, em 7 anos; o investimento de R$ 1,5 bilhão feito no INCA pela Fundação do Câncer, tornando-o referência mundial no tratamento da doença, entre outras.
Para Dudu Carvalho, sócio da agência Traço, as redes sociais são ambientes muito apropriados para campanhas como esta. “As pessoas se sentem bem ajudando a amplificar ações sociais e educativas. Através do aplicativo do jornal dos 20 anos e da linha do tempo, o usuário deixa de ser apenas um espectador ou compartilhador de informações importantes, ele se sente parte da história, pois também protagoniza a divulgação das notícias”.
O superintende da Fundação do Câncer, Jorge Alexandre Cruz, diz que o objetivo da campanha é mostrar que a participação da sociedade civil é fundamental para apoiar ações de prevenção, detecção precoce e combate à doença. “O uso das redes sociais é um meio muito importante para propagarmos essa mensagem, em função da sua natureza de disseminação de informação”, completa.