quarta-feira, 17 de março de 2010

Para pesquisadores, cura do câncer pode vir da mandioca


CGNEWS
Paulo Fernandes
Marcelo Victor

Tumor de camundongo foi combatido com sucesso


Pesquisadores da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) descobriram que uma substância da mandioca, a linamarina, poderá ser usada no tratamento e o caminho para a cura do câncer. Ela está presente em toda a planta da mandioca, das folhas à raiz.

O futuro medicamento, que em uma previsão otimista pode estar pronto em três anos, promete ser mais eficiente e de custo muito inferior. “Será um tipo de quimioterapia menos agressiva”, prevê a professora doutora da UCDB, Marney Pascoli Cereda, que orientou a pesquisa.

Este é o resultado esperado da pesquisa que começou na década de 80 em São Paulo e que na UCDB virou uma dissertação feita sob sigilo pelo mestrando do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UCDB, Rondon Tosta Ramalho.

A divulgação da resultado da pesquisa, feita hoje na Lagoa da Cruz, uma fazenda escola da UCDB, em Campo Grande, tem o objetivo de chamar a atenção de grandes laboratórios para a pesquisa, que teve o resultado patenteado pela universidade.

Tumor líquido retirado de camundongos foi combatido com sucesso pela acetona cianidrina, um metabólico da liminarina, nas pesquisas in vitro. O tumor foi injetado na barriga de camundongos, e depois de nove dias retirado, para o teste in vitro. Os camundongos, em seguida, são sacrificados.

A substância matou por asfixia 100% das células cancerígenas. Já a morte de células sadias foi considerada “baixíssima”, segundo Marney. Isto porque a acetona cianidrina consegue distinguir as células cancerígenas entre as saudáveis para agir somente nas células doentes.

Com a ajuda de um microscópio e graças a aplicação de um corante, é possível verificar quais morreram (elas ficam da cor marrom) e quais continuam vivas (verde).

A vantagem em relação a outros estudos feitos pelo mundo é que neste não há o uso de agentes geneticamente modificados, que acabam restringindo o princípio ativo.

No Reino Unido e na Espanha, pesquisadores desenvolveram testes em cobaias por meio da utilização da linamarina extraída da mandioca e da linamarase excretada por células tumorais modificadas geneticamente.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Chá de papaia possui alto poder anticancerígeno

O chá do extrato de folha de papaia contém propriedades que combatem com grande poder os vários tipos de câncer e não deixa sequelas de nenhuma toxidade, como ocorre com outras terapias, segundo uma pesquisa da UF (Universidade da Flórida) divulgada na terça-feira (10).

O pesquisador Nam Dang da UF e um grupo de cientistas japoneses documentaram os poderosos efeitos anticancerígenos da papaia sobre o câncer de útero, de mama, fígado, pulmão e pâncreas, através de testes em laboratório com uma ampla variedade de tumores.

Os pesquisadores utilizaram um extrato de folhas secas de papaia e os efeitos anticancerígenos eram mais fortes quando as células recebiam maiores doses de chá, disse a UF.

Pela primeira vez, um estudo comprovou que o extrato de folha de papaia estimula a produção de moléculas essenciais do tipo citoquinas Th1.

Esta regulação do sistema imunológico, junto ao combate direto do tumor em vários tipos de câncer, sugerem possíveis estratégias terapêuticas utilizadas pelo sistema imunológico para combater o câncer, acrescentou a Universidade.

Além disso, o fato de o extrato de papaia não possuir nenhum efeito tóxico nas células normais evita uma consequência devastadora comum em muitas terapias anticancerígenas, indicou.

Os cientistas utilizaram dez tipos diferentes de células cancerígenas e as expuseram a quatro graus de concentração de extrato de papaia durante 24 horas, medindo seus efeitos após esse tempo.

A concentração reduziu o crescimento dos tumores em todos os cultivos, segundo o estudo.

A pesquisa também foi publicada na edição de fevereiro do "Jornal de Etnofarmacologia", informou a UF.